66 – EM QUE SENTIDO NÓS CATÓLICOS CHAMAMOS MARIA DE MÃE? 

Maria é nossa verdadeira Mãe, não evidentemente carnal, mas espiritual. De facto, mãe é aquela que coopera para dar a vida e, tendo dado, a protege até que tenha alcançado o pleno desenvolvimento. 

Ora, Maria coopera com o Redentor para nos dar a vida sobrenatural da graça. A graça é uma nova vida: “Quem não nascer de novo...”disse Nosso Senhor. Portanto, desde o momento em que Maria coopera para nos dar essa vida da graça, se tornou nossa Mãe espiritual. 

A Virgem Maria é verdadeiramente “Mãe de Cristo e Mãe da Igreja” (São Paulo VI, Proclamação solene, 21 novembro 1964) “porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis, que são os membros desta Cabeça [que é Cristo]” (CV II, LG n.53).

Maria é verdadeiramente Mãe universal, «este é o seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade» (CIC 968). «De modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração  da vida sobrenatural das almas. Por este motivo ela se tornou para nós mãe na ordem da graça» (CV II, LG 61).

 

67 – QUANDO É QUE MARIA NOS GEROU PARA A VIDA DA GRAÇA? 

Ela concebeu-nos para a vida da graça, no momento em que o Filho de Deus Se fez homem no seu seio puríssimo, no momento da Encarnação. Porque, como ensina São Paulo: ”Somos um só corpo em Cristo” (Rm 12,5). Com o seu consentimento para tornar-se Mãe de Deus, escreve São Bernardino de Sena, trouxe a salvação e a vida eterna a todos os eleitos, de sorte que se pode dizer que, naquele instante, nos acolheu  em seu seio, conjuntamente com o Filho de Deus” (Tract, de B.M.V. Ser. VIII, art. 2).

Maria gerou-nos para a vida da graça no Calvário, quando se tornou nossa Co-redentora: “Maria é Mãe de todos os Cristãos, por havê-los gerado no Calvário entre os supremos tormentos do Redentor” (Leão XIII – Enc. Quem pluries).

«Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até à perpétua consumação de todos os eleitos» (CV II, LG 60).

 

68 -  EFECTIVAMENTE, PARA CADA UM DE NÓS, QUANDO É QUE MARIA SE TORNOU NOSSA MÃE? 

No momento em que fomos incorporados a Cristo, pela nossa inserção no Corpo Místico, no dia em que “nascemos de novo”, no nosso batismo. Aquele que renasce para a vida da graça torna-se outro Cristo e, como tal, filho de Maria. Embora Maria possa dizer-se também Mãe até mesmo dos infiéis, num sentido mais amplo, enquanto todos os homens podem dizer-se filhos de Deus.

 

69 - ONDE ESTÃO AS PROVAS DE QUE MARIA É NOSSA MÃE? 

1) Na Sagrada Escritura: Em todos aqueles lugares em que Nosso Senhor se refere aos discípulos como “irmãos”; São Paulo fala de Jesus como “primogénito”; São Paulo fala ainda na nossa incorporação ao Corpo Místico, cuja Cabeça é Cristo: “Vós sois corpo de Cristo e membro de membros” (1 Cor 12,27); “Ele é a cabeça do corpo da Igreja” (Cl 1,18). Assim, Maria é Mãe de todo o Corpo Místico: Cabeça, Jesus Cristo; e membros, os fiéis.

Mas foi, sobretudo, no momento mais solene da vida de Nosso Senhor sobre a terra que Ele quis promulgar Maria nossa Mãe: “Mulher, eis aí teu filho” e voltando-se para o discípulo: “Eis tua Mãe”. Comentando este trecho, Leão XIII afirma: “Na pessoa de João, segundo o pensamento constante da Igreja, designou Cristo o género humano, principalmente aqueles que aderem a Ele pela Fé” (Enc. Adjutricem populi Christiani).

2) Na tradição constante da Igreja, desde os primeiros séculos, nos escritos dos Santos Padres e Doutores; nas liturgias mais antigas e no Magistério ordinário dos Papas. 

A Maternidade espiritual de Maria com relação a nós é uma conclusão teológica tirada da sua Maternidade divina e da sua Corredenção universal. Ela é nossa Mãe, porque cooperou com o Redentor na regeneração sobrenatural do género humano.

 

70 – ESCLARECEMOS AINDA MAIS ESTA VERDADE TÃO CONSOLADORA.

A melhor esplanação desse suavíssimo mistério da maternidade espiritual de Maria encontramos em São Pio X: “Não é Maria, Mãe de Deus? - Portanto, é Mãe nossa também. Pois deve-se estabelecer o princípio de que Jesus, Verbo feito carne, é ao mesmo tempo Salvador do género humano. Em consequência, como Deus Homem, Ele tem um corpo qual os outros homens; como Redentor do nosso género, um corpo espiritual, ou, como costuma dizer-se místico, que outra coisa mais não é do que a comunidade dos cristãos unidos a Ele pela Fé. 

A virgem, pois, não concebeu o Filho de Deus só para que, d`Ela recebendo a natureza humana, se tornasse homem; mas a fim de que Ele Se tornasse, mediante esta natureza d`Ela recebida, o Salvador dos homens (…) Por isso, no seio virginal de Maria, onde Jesus assumiu a carne mortal, lá mesmo Ele se agregou um corpo espiritual, formado de todos os que deviam crer n`Ele. 

E pode dizer-se que Maria, trazendo a Jesus nas suas entranhas, trazia também a todos aqueles cuja vida o Salvador continha. Todos, portanto, que, unidos a Cristo, somos, consoante as palavras do Apóstolo, “membros de seu corpo, de Sua carne, de Seus ossos” (Ef. 5,30), devemos crer-nos nascidos da Virgem, de onde um dia saímos, qual um corpo unido à cabeça. E, por isso, somos chamados, num sentido espiritual e místico, filhos de Maria, e Ela é, por sua vez, nossa Mãe comum. Mãe espiritual, contudo verdadeira Mãe dos membros de Jesus Cristo quais somos nós”. 

 
66 – EM QUE SENTIDO NÓS CATÓLICOS CHAMAMOS MARIA DE MÃE? 
 
Maria é nossa verdadeira Mãe, não evidentemente carnal, mas espiritual. De facto, mãe é aquela que coopera para dar a vida e, tendo dado, a protege até que tenha alcançado o pleno desenvolvimento. 
 
Ora, Maria coopera com o Redentor para nos dar a vida sobrenatural da graça. A graça é uma nova vida: “Quem não nascer de novo...”disse Nosso Senhor. Portanto, desde o momento em que Maria coopera para nos dar essa vida da graça, se tornou nossa Mãe espiritual. 
 
A Virgem Maria é verdadeiramente “Mãe de Cristo e Mãe da Igreja” (São Paulo VI, Proclamação solene, 21 novembro 1964) “porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis, que são os membros desta Cabeça [que é Cristo]” (CV II, LG n.53).
 
Maria é verdadeiramente Mãe universal, «este é o seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade» (CIC 968). «De modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração  da vida sobrenatural das almas. Por este motivo ela se tornou para nós mãe na ordem da graça» (CV II, LG 61).
 
 
67 – QUANDO É QUE MARIA NOS GEROU PARA A VIDA DA GRAÇA? 
 
Ela concebeu-nos para a vida da graça, no momento em que o Filho de Deus Se fez homem no seu seio puríssimo, no momento da Encarnação. Porque, como ensina São Paulo: ”Somos um só corpo em Cristo” (Rm 12,5). Com o seu consentimento para tornar-se Mãe de Deus, escreve São Bernardino de Sena, trouxe a salvação e a vida eterna a todos os eleitos, de sorte que se pode dizer que, naquele instante, nos acolheu  em seu seio, conjuntamente com o Filho de Deus” (Tract, de B.M.V. Ser. VIII, art. 2).
 
Maria gerou-nos para a vida da graça no Calvário, quando se tornou nossa Co-redentora: “Maria é Mãe de todos os Cristãos, por havê-los gerado no Calvário entre os supremos tormentos do Redentor” (Leão XIII – Enc. Quem pluries).
 
«Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até à perpétua consumação de todos os eleitos» (CV II, LG 60).
 
 
68 -  EFECTIVAMENTE, PARA CADA UM DE NÓS, QUANDO É QUE MARIA SE TORNOU NOSSA MÃE? 
 
No momento em que fomos incorporados a Cristo, pela nossa inserção no Corpo Místico, no dia em que “nascemos de novo”, no nosso batismo. Aquele que renasce para a vida da graça torna-se outro Cristo e, como tal, filho de Maria. Embora Maria possa dizer-se também Mãe até mesmo dos infiéis, num sentido mais amplo, enquanto todos os homens podem dizer-se filhos de Deus.
 
 
69 - ONDE ESTÃO AS PROVAS DE QUE MARIA É NOSSA MÃE? 
 
1) Na Sagrada Escritura: Em todos aqueles lugares em que Nosso Senhor se refere aos discípulos como “irmãos”; São Paulo fala de Jesus como “primogénito”; São Paulo fala ainda na nossa incorporação ao Corpo Místico, cuja Cabeça é Cristo: “Vós sois corpo de Cristo e membro de membros” (1 Cor 12,27); “Ele é a cabeça do corpo da Igreja” (Cl 1,18). Assim, Maria é Mãe de todo o Corpo Místico: Cabeça, Jesus Cristo; e membros, os fiéis.
 
Mas foi, sobretudo, no momento mais solene da vida de Nosso Senhor sobre a terra que Ele quis promulgar Maria nossa Mãe: “Mulher, eis aí teu filho” e voltando-se para o discípulo: “Eis tua Mãe”. Comentando este trecho, Leão XIII afirma: “Na pessoa de João, segundo o pensamento constante da Igreja, designou Cristo o género humano, principalmente aqueles que aderem a Ele pela Fé” (Enc. Adjutricem populi Christiani).
 
2) Na tradição constante da Igreja, desde os primeiros séculos, nos escritos dos Santos Padres e Doutores; nas liturgias mais antigas e no Magistério ordinário dos Papas. 
 
A Maternidade espiritual de Maria com relação a nós é uma conclusão teológica tirada da sua Maternidade divina e da sua Corredenção universal. Ela é nossa Mãe, porque cooperou com o Redentor na regeneração sobrenatural do género humano.
 
 
70 – ESCLARECEMOS AINDA MAIS ESTA VERDADE TÃO CONSOLADORA.
 
A melhor esplanação desse suavíssimo mistério da maternidade espiritual de Maria encontramos em São Pio X: “Não é Maria, Mãe de Deus? - Portanto, é Mãe nossa também. Pois deve-se estabelecer o princípio de que Jesus, Verbo feito carne, é ao mesmo tempo Salvador do género humano. Em consequência, como Deus Homem, Ele tem um corpo qual os outros homens; como Redentor do nosso género, um corpo espiritual, ou, como costuma dizer-se místico, que outra coisa mais não é do que a comunidade dos cristãos unidos a Ele pela Fé. 
 
A virgem, pois, não concebeu o Filho de Deus só para que, d`Ela recebendo a natureza humana, se tornasse homem; mas a fim de que Ele Se tornasse, mediante esta natureza d`Ela recebida, o Salvador dos homens (…) Por isso, no seio virginal de Maria, onde Jesus assumiu a carne mortal, lá mesmo Ele se agregou um corpo espiritual, formado de todos os que deviam crer n`Ele. 
 
E pode dizer-se que Maria, trazendo a Jesus nas suas entranhas, trazia também a todos aqueles cuja vida o Salvador continha. Todos, portanto, que, unidos a Cristo, somos, consoante as palavras do Apóstolo, “membros de seu corpo, de Sua carne, de Seus ossos” (Ef. 5,30), devemos crer-nos nascidos da Virgem, de onde um dia saímos, qual um corpo unido à cabeça. E, por isso, somos chamados, num sentido espiritual e místico, filhos de Maria, e Ela é, por sua vez, nossa Mãe comum. Mãe espiritual, contudo verdadeira Mãe dos membros de Jesus Cristo quais somos nós”.